terça-feira, 23 de julho de 2013

2 de Abril, ou Voyeur de sonhos

Te observar dormir é meu último refúgio
de poesia (pessoa) cansada.
É o momento de verdadeira inveja de ti:
estar sob a tua fronte relaxada e tranquila
de silêncio sem sonhos.
Mas um raio te contrai os dedos,
e revela a existência por detrás da neblina.
Não existe paz real:
não dormes, e eu acordo.

Folhas voando por sobre a cabeça,
pensamento rápido de relâmpago,
confusão de línguas.
A feira dos objetos diversos
atrás dos olhos, dentro dos ouvidos.
Queria voltar, não podia.
- Nunca é fácil voltar atrás.

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